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Projecto: Natal!

19 de Novembro de 2014

Projecto de Natal

O Natal está quase, quase aí e aqui em casa esta altura representa a mais criativa época do ano. E este ano até já vamos atrasados, ou pelo menos parece …

Todos os anos desde 2010 que preparamos, em família (os 4), os presentes de Natal para os avós, tios e primos. O primeiro ano em que isto aconteceu ninguém esperava, todos adoraram! tanto os que receberam como, e principalmente, nós que pusemos mãos à obra! e a partir daí este projecto passou a fazer parte do nosso Natal.

Este nosso presente de Natal não é simplesmente um projecto criativo que serve para ocupar as criancinhas durante algum tempo e encher a família de desenhos, rabiscos e outras manualidades que são muito engraçadinhas, mas não servem para nada… este projecto é pensado e preparado ao longo do ano (dependendo da proposta, mas já houve um ano que começámos em Setembro), o meu objectivo  ao começá-lo foi, aos poucos e poucos e adaptado às idades dos dois, mostrar-lhes a eles, Francisco e Leonor, que por traz das coisas como as conhecemos existe muito que desconhecemos… materiais, processos de produção, capacidade inventiva, etc e que nós podemos fazê-las!

Não imaginam no dia em que lhes disse “hoje vamos fazer sabonetes” as caras deles de impossibilidade… ou no dia em que perceberam que as panquecas também se fazem e não caem do céu, ou mais propriamente na cozinha lá de casa nos pequenos almoços de inverno e que se podem oferecer ainda por fazer… enfim coisas tão simples que transformaram os meus filhos em verdadeiros criadores, de tal forma que a cada ano a ambição deles tem vindo a saltar barreiras e por eles o presente deste ano seria possivelmente um robot que faz a cama, outro para os trabalhos de casa e para a Leonor saía um que lia historias…

O melhor deste presente é que, além de todo ele ser pensado ao mínimo pormenor, desde o conteúdo à embalagem, ele é acompanhado por um “making of” de toda a produção… onde além da explicação dos processos de produção, receitas e dicas também compila todos os contratempos passados, episódios do mais espontâneo que pode haver e comentários deliciosos. Este filme em forma de “presente de Natal” mostra a toda a família o quanto eles crescem ao longo dos anos, os nossos progressos, as nossas dificuldades, o bem que nos sabe aprender a fazer e o quanto gostamos de oferecer o que de melhor temos -> amor!

Acrescentando a isto tudo mostramos todos os anos a nossa árvore de Natal! que todos os anos é diferente e feita por nós… com enfeites reciclados ou reinventados.

Não posso adiantar aqui o que estamos a preparar para este ano, mas hoje deixo-vos algumas imagens e aos poucos vou publicar em pormenor cada ano passado.

Crianças criativas… crianças felizes!

17 de Novembro de 2014

Layout 1– Tia, também quer pintar no meu livro Feliz?

– Está bem Leonor, então a Tia pinta a Cigarra… Mas Leonor, temos um problema, de que cor são as Cigarras?  

– Tia… isso aqui não é importante, este livro é para colorir com as cores que nós gostávamos que as coisas tivessem!

Acredito verdadeiramente que no primeiro ano de vida de um filho uma Mãe é tudo, mas a partir daí e até eles terem asas para voar sozinhos, a Mãe deveria ser uma infindável fonte de inspiração, uma janela para o mundo, uma almofada para as primeiras quedas, uma rampa de lançamento e uma chave que abre a caixa de ferramentas que acompanha cada criança pela vida fora… que abre um compartimento atrás do outro, cada um na devida altura até que eles mesmos os consigam abrir sem a nossa ajuda… ferramentas para vida…

E a partir daqui o meu objectivo é ensiná-los a usar todas as ferramentas que conheço, motivar a curiosidade para que descubram as que desconheço, ajudá-los a acrescentar à caixa todas as ferramentas que esta não traz e que eles precisam … e mais que tudo ensiná-los a ser criativos usando o que têm para que criem novas…

A mais importante de todas as ferramentas, para mim, é a criatividade! Criatividade para superar, para resolver, para transformar … que eu ensino a usar com um objectivo, o que lhes transmito como sendo o meu objectivo de vida e o qual gostaria que também viesse a ser o deles -> SER FELIZ!

Ser feliz e imputar em tudo o que fazemos na vida o nosso cunho, a nossa marca, o nosso empenho… e retirar de tudo na vida (do bom e do mau, do fácil e do difícil, do agradável e do insuportável) “peças” para novas ferramentas.

Não sendo especialista na matéria, mas sendo uma mãe focada na descoberta das mais importantes ferramentas que eu e os meus filhos possamos vir a precisar, acredito que cada criança nasce com um enorme potencial criativo e infelizmente, pelos mais variados motivos e circunstâncias, nem todas têm oportunidade de estimular esse potencial, experienciar a imaginação, por em prática o sonho e testar a suposição!

Acredito que quando as crianças improvisam, quando põem em prática projectos ambiciosos, quando experienciam as suas iniciativas criativas e estas são elogiadas e incentivadas pelos adultos, estas crianças tendem a ser adultos ousados, sem medos, com vontade de testar, de experienciar, propensos a agir de forma inovadora… É este o estímulo que precisa a criança que hoje é apenas criativa e que no futuro será criadora… É esta ferramenta que no futuro será factor diferenciador entre um comum “user” e um curioso “maker”! E também acredito que o inverso acontece…

Tanto uma criança como um adulto, quando as suas acções são valorizadas tendem a criar mais, perdem o medo do novo e o apego ao paradigma, sentem que não estão sob ameaça, de falhar ou de ser ridículo, por exemplo, perdem o medo de inovar e revelam as suas habilidades criativas.

Dias Felizes 2

Acredito que ver a criatividade como habilidade passível de desenvolvimento é um grande passo para o desenvolvimento humano, considero-a inata mas em bruto… comum a todos, não ligada necessariamente à inteligência mas sim alavanca para a motivação e uma ferramenta essencial para a felicidade individual, na medida em que ela permite e potencia o sonho!

Por isto, entre outras coisas, como Mãe, tento motivar a experiência, o contacto com o mundo em cada pequeno pormenor, a participação por principio e a tentativa criativa em cada brinquedo, em cada livro, em cada historia, em cada curiosidade, na escola, na natureza, na duvida e na espectativa…

Este livro ”Dias Felizes” que acompanhou a Leonor todo o fim-semana e que foi participado por quase toda a família, comprámos na feira do livro e é da editora Orfeu, que eu adoro e que podem comprar aqui!

É um livro que desafia o nosso imaginário a cada página, revela e estimula os 5 sentidos… é um livro que é construído de dias felizes, como este Domingo passado em família.

Dias Felizes 1    Dias Felizes 3

 

Arreliada … mas feliz :)

12 de Novembro de 2014

1Rule

Nos últimos tempos não tenho conseguido ir muitas vezes levar e buscar os miúdos à escola, é uma frenética confusão que compensa tanto quanto o bem que lhes faz. Hoje consegui, ou tive que conseguir porque não tinha outra solução… pelo menos que me soubesse tão bem! :)

E lá estavam eles à minha espera, (penso que a julgar pelos últimos tempos, com pouca esperança de que fosse mesmo eu), abraçaram-me com o mais apertado abraço e a Leonor entrou em excitamento.

Entrámos no carro e …  começa a guerra, não fossem eles crianças estoiradas de um dia de escola … a querem transformar-me numa Mãe à beira de um ataque de nervos. Mas eu hoje estava tão contente de os ir buscar e levá-los para casa com tempo para conversarmos, brincarmos e simplesmente estarmos juntos… que estava com muita paciência para gerir aquelas guerras e mediar as chamadas de atenção de parte a parte.

No banco de trás o clima era outro, não sei bem se me queriam mostrar o quanto tenho estado ausente desta rotina de fim de dia, ou se o objectivo era mesmo que saltasse pela janela do carro em andamento e os deixasse em piloto automático…

Mas eu continuava paciente, “vá lá Francisco não faças isso à tua irmã…”, ” Leonor não impliques com ele!”, “sentem-se, encostem-se  atrás e ponham os cintos com deve ser…”, “tirem os pés das minhas costas”, “vá lá não se zanguem!”, ”vá lá…”, “então a Mãe hoje veio buscar-vos e é assim que vocês se portam…” .

Enfim, resumidamente a partir de certo ponto acho que basicamente era como se eu não estivesse ali e mesmo estando surpreendentemente paciente e bem disposta … o meu limite chegou!!

“Basta meninos!” num tom um bocadinho mais eficiente, ou melhor, suficiente para se calarem e eu poder continuar o raspanete, agora com o choro da Leonor como barulho de fundo (muito melhor), “parece impossível o que vocês estão a fazer hoje, nem parece que já são crescidos… blá, blá blá” e terminei com ” agora nem mais uma palavra! … vocês adoram arreliar-me!”

?.’?!”?#?%?!.;’!?

Fez-se silêncio de tanta estupefacção, a Leonor parou de chorar e abriu os olhos o mais que pôde, na duvida se eu teria dito algum palavrão, eu enervada por não ter conseguido fazer a coisa de outra forma, mas furiosa com a cena daqueles dois, também não consegui perceber onde terei ido buscar esta estranha palavra (não sei porquê remeteu-me para a minha infância) e no meio disto o despreocupado Francisco, de sobrancelha franzida, quebra o silêncio, desobediente, e diz:

“Mãe desculpe, só para eu não me esquecer, quando chegarmos a casa a Mãe lembra-me para eu ir ver arreliar ao dicionário?”

Copiadora Profissional!!

9 de Novembro de 2014

copiadoraHoje o dia começou radioso e o sol parecia estar para ficar!

Depois do pequeno almoço com baterias a 100% e cheios de vontade de ir para a rua, correr, brincar, asneirar e tudo mais a que qualquer criança tem direito, assim que pusemos o pé na rua e mesmo antes de nos enfiarmos todos e literalmente dentro do carro… cai uma carga de água daquelas!

Como não somos gente de desistir há primeira dificuldade, mantemos as expectativas e depois de nos considerarmos todos a salvo da chuvada que teimava em bater no vidro de forma a que ninguém se conseguisse ouvir, o Pai Vasco abriu as votações ao programa alternativo… resultado qual foi? entre os mais pequenos foi unanime, “qual é o mal de ir para o parque com chuva? ainda por cima já parou“… e sim tinha parado, mas haviam 2 segundos e o céu só ainda está todo cinzento porque quem manda no céu se esqueceu de o pôr azul!!

Resolvemos a questão transformando o programa inicial em indor, e como graças a Deus estas crianças são fáceis de convencer, fazem a festa com pouco e qualquer coisinha que eu, por magia, saque da minha carteira é exactamente aquilo que precisavam naquele preciso momento … necessidade tal, capaz de se travar naquele exacto momento uma batalha bem fundamentada de argumentos muito válidos e capazes de parte a parte, desta vez saquei da minha carteira o caderno da Leonor e uma caneta. Mas desta vez, estranhamente, não só não houve batalha como houve consenso … ao Francisco e Santiago o caderno não interessou, mas rapidamente encontraram entretém por ali, agora a Leonor, essa pôde dar continuidade a um trabalho que vem a desenvolver nos últimos meses e para o qual já se tornou praticamente profissional –> copiar tudo o que vê, especialmente letras, palavras e até extensos textos!

Mas hoje descobriu um maior potencial, “Mãe descobri que consigo desenhar à vista, tudo o que vejo” , descobriu que consegue desenhar tudo o que vê!!! ou melhor acha que consegue e a cada desenho (produz uma média de 60 desenhos por minuto) faz a pergunta “não vê logo o que é? Diga lá…” e aguarda com o maior sorriso do mundo que eu responda e acerte!!!

copiadora 1

Não só não me deixou tomar café em paz e aproveitar a conversa boa com a minha amiga Carolina, como já estava com pena dela e a achar que estava a desmotivar a criança, pois não estava a acertar uma… “e agora Mãe? não está igual?” e eu sem pistas, olho à volta a tentar encontrar alguma coisa e …”Agora já sei, é aquele símbolo do elevador!“, mas afinal… “Não Mãeeeee… são estes dois senhores que estão aqui na mesa ao lado! não vê logo? ela até tem o telemóvel e está igual!” a olhar para mim, incrédula com um ar misto entre pena e desilusão.

Acabei por lhe dar um texto infindável para copiar, afinal ela adora um bom desafio, pois além de não me estar a deixar aproveitar aquele raro bocadinho com a minha amiga cheguei à conclusão que ninguém é capaz de a desmotivar, pois esta miúda é tão convicta das suas capacidades que nem põe a hipótese de o problema de interpretação estar na sua própria reprodução… ou seja, por outras palavras, a cada falha minha me era atribuído um atestado de incapacidade cada vez maior!

Partners in Crime!

5 de Novembro de 2014

some days...– Leonor, a tua amiga M. é muito gira… tem uns olhos azuis enormes e desenhados… – dizia o D. Juan com os olhinhos a brilhar e um sorriso delicioso.

– Ok! então amanhã levo-a ao quadrado* para tu a veres e conversares com ela! – resolveu rapidamente a casamenteira cá do sitio.

Normalmente o tema recreio é equivalente a queixas. Queixas da Leonor que chora porque o Francisco não lhe liga no recreio, nem a vai ver… queixas do Francisco que diz que a Leonor leva o tempo a chamá-lo e ele, se for, não tem tempo para brincar…

Mas hoje este tema equivaleu a combinações amorosas e cumplicidade entre irmãos…

Fiquei parada a observá-los… como estão crescidos… as conversas… a astucia… típicos “partners in crime!”

*quadrado é o nome dado (pelo menos pelos meus filhos) à zona do recreio do pré-escolar, que tem a forma de um quadrado e em que uma das suas arestas é a fronteira, intransponível, com o recreio do 1ºciclo.

No matter what …

4 de Novembro de 2014

As semanas passam a correr, os dias a voar e as horas, as horas nem sei… entre trabalho, crianças, horários, actividades e outras organizações… lá se vai toda a minha energia!
A vontade é posta em causa a meio da semana e os planos feitos no início desta para o próximo fim‑de‑semana, começam a cair por terra.
Quinta-feira é o dia das desculpas, desculpas que arranjo para mim mesma… Para me enganar, para justificar o meu cansaço e me encher de afazeres importantíssimos que nada mais demonstram que uma enorme preguiça e um gigantesco egoísmo, que me atiram algumas vezes de cabeça para o sofá e me fazem muitas vezes acreditar na impossibilidade da dinâmica e da engenharia organizacional da agenda de uma Mãe!
A semana que passou foi uma dessas… o desafio era grande… 450 km (ida e volta) … malas de 4 … sexta-feira infernal … uma casa cheia de amigos de sempre … crianças x2 …. ou x3 …. mas muito espaço lá fora ….
Lutei até ao fim com as minhas desculpas, o cansaço e borrifei-me na engenharia da agenda… Afinal de contas nunca fui organizada mesmo! Por muito que me esforce…

fds1Foi tão bom! As crianças nem demos por elas…
Pequenos almoços sem horas e com Bolo… As brincadeiras passaram-se na rua e por muito estranho que pareça, com tanta criança junta, não houve queixinhas, nem guerras, nem birras… Até parecia que sabiam bem as tréguas que nos estavam a dar! e que nós soubemos tão bem aproveitar.
A hora de ir para a cama, não sendo rigorosa foi sempre aceite e cumprida… E a nós crescidos coube-nos aproveitar, pôr conversas em dia e abusar das gargalhadas de antigamente!

Inspiração!

31 de Outubro de 2014

Pumpkin

Nunca comemorei o Halloween, nem me lembro da existência deste dia na minha infância e confesso que não acho graça nenhuma a este “Carnaval fora de horas”… ainda por cima com uma temática tão arrepiante.

Mas do Halloween, adoro as Abóboras!

É uma boa oportunidade para pôr as crianças a trabalhar a criatividade e a dar asas à imaginação…

A propósito de Dióspiros!

30 de Outubro de 2014

Diospiro 1

Diospiro 2

“-Leonor devias provar Dióspiro! pelo menos provar… tu nunca provas nada, perdes imensas coisas boas!

-Oh Kiko mas eu não quero… eu sei do que não gosto. (ninguém duvida)

-Mas Leonor, é impossível não gostar é belicioso!! … pois mas eu até percebo, porque na realidade os Dióspiros são como os textos!”

Ao que ela consentiu, satisfeita, como se tivesse percebido.

Conversa entre os dois, onde não me meti até ouvir esta ultima afirmação. Sabia que existiria naquela cabeça viajante, uma fantástica explicação para esta afirmação…

-O quê Francisco? são como os textos? então? explique lá…

– Então Mãe, como os textos que fazemos sobre coisas… temos que explicar como é, que cores tem e o que nos faz lembrar… e o Dióspiro faz lembrar um Tomate! pessoas como a Leonor imaginam o Tomate e não provam… e assim ficam sem saber que as coisas que parecem uma coisa, podem saber a outra beliciosa :)

“Mãos à Obra!” … from NZ with love!

28 de Outubro de 2014

MAOS A OBRAÉ dos livros mais criativos, mais leves e cheio de boa onda que tenho visto. Escrito pela Constança Cabral autora do blogue Saídos da Concha.

Que ela é criativa já nós sabíamos, agora este livro supera as minhas expectativas em muito… confesso que achei gira a ideia do livro, tinha alguma curiosidade, mas achei que não seria mais que o blogue em papel…

Mas é! é muito mais que isso… um livro cheio de sentimento, de ideias criativas, de vida… cheio de coisas boas!

Projectos criativos organizados pelas estações do ano, bem explicados, com fotografias muito giras e com o objectivo de tornar a criatividade e a concretização acessível a todos. Acho que fiquei com tanta vontade de pôr em prática tantos daqueles projectos, que até me convenci de que seria capaz de o fazer em tempo real…

MO 1

MO 2

Este livro fez-me ter saudades da vida que tinha aqui e aqui, dos tempos em que tempo, não me faltava e em que até daria um bocadinho do dedo pequenino para pôr em prática um bom projecto…

MO 6

MO 3

Lembrei-me dos livros de receitas antigos de casa da minha avó, do cheiro do papel e da textura da tinta-da-china naquelas letras desenhadas e encaracoladas… do chá nos lanches de inverno, acompanhado por um bolo acabado de fazer, que antes de estar pronto já me desafiava, com o cheiro que devagarinho passava por baixo da porta de vidrinhos da cozinha e se espalhava por toda a casa e que me fazia marcar lugar na primeira fila da casa de jantar…MO 4 de aprender a coser botões e a bordar… de aprender os nomes das flores… das saudades do cheiro da geleia de ginja, ainda quente… de ensinar os meus filhos a fazer biscoitos… lembrei-me de tantos momentos passados com a minha Mãe… de aprender a diferença entre o linho, o meio-linho e o algodão, entre uma renda e um bordado feito à mão… como se revivesse os cheiros, os sentimentos, os sons e a felicidade com que vivi cada um desses momentos, que ao folhear este livro recordei. Tenho tanta pena de coisas que não liguei, coisas que achei que teria tempo depois… que ficaram por aprender e que hoje sei que vão ficar por ensinar para sempre…

É um livro que nos fala do encanto dos lavores, na sua maior liberdade e disponibilidade, pelos olhos e mãos de quem os escolheu por opção.

Se o quiserem comprar online podem fazê-lo aqui com 10% de desconto e portes grátis…

Espero que gostem! 

Sofá cheio!

22 de Outubro de 2014

Sofá cheio!Quando casa cheia significa brincadeira de primos, temos um dos programas preferidos deste dois terríveis!

Este fim‑de‑semana tudo isso aconteceu, 5 primos brincaram até não poderem mais, era bom que tivesse sido até caírem para o lado, mas com estes 5 não há sequer hipótese de “a desistência por cansaço” ser uma opção.

Houve teatros, máscaras, jogos, pinturas, guerras, pazes, cantigas e danças e muito mais… muito mais até do que pensei ser possível, mas para estas crianças felizes não há limite para a criatividade.

Eu adoro! Adoro a casa cheia, adoro a cumplicidade deles, a relação que vão construindo ao longo dos anos e que vai perdurar e fortalecer ao longo da vida! Adoro improvisar a multiplicação do jantar, adoro inventar e reinventar a mega camarata, adoro a distribuição de beijinhos de boa noite… adoro vê-los felizes, com tanto e com tão pouco!

Enche o coração, vê-los brincar, vê-los aprender e crescer uns com os outros, vê-los negociar, proteger, cuidar, ceder, ganhar ou perder… vê-los organizar, discutir e concluir… numa conversa, num teatro, na vida deles, na coisa mais importante e na mais insignificante…

E o melhor de tudo é no outro dia de manhã começar a vê-los chegar … despenteados, desajeitados, ainda a tropeçar mas cheios de alegria e energia renovada … começam, um a um, a ocupar ordenada e silenciosamente o seu lugar e a preencher este sofá, onde neste momento gozo o silêncio de mais um dia cheio!